Platanenallee, Neckarinsel, Tübingen
Até agora minha estacao favorita na Alemanha é o outono. O inverno, a princípio, parece muito bonito, mas logo em seguida a vista comeca a cansar de tanto branco; o corpo cansar de tanto frio. É o inverno mais gelado dos últimos anos no velho mundo. Semana passada o termômetro ficou patinando na dezena negativa e a Rússia assustando o resto da Europa com a ameaca de cortar o nosso gás. Afora que a neve, apesar de bonita, origina uma série de incômodos. Houve um dia em que os ônibus simplesmente nao conseguiram subir até a parte alta da cidade. Quando ela se acumula nas calcadas e as pessoas pisam, surge uma massa informe e escura de sujeira e gelo que nossos tênis e calcados insistem em convidar para dentro de casa. O inverno também é pródigo nas poucas horas e mínima intensidade que o sol brilha quando resolve dar minimamente as caras. Anoitece pelas quatro da tarde e, quando é meio dia, nao se distancia quase nem dois palmos do horizonte. É uma esfera amarelada e tímida, retraída como toda a gente fica com essa temperatura. Acaba sendo bom para ficar em casa ou rolar montanha abaixo em trenozinhos de madeira ou plástico, que sao aparentemente a única diversao em espaco público - terminados os mercados de natal e construídos todos os bonecos de neve - que os alemaes se propoem a fazer com gosto nessa época.
O outono é que é o bom. Por mim, eu viveria num outono alemao eterno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário